Uso de bandagem elástica em pacientes no Ceará reduz tempo de utilização de via alternativa de alimentação
Pacientes vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) e com sequelas, com traumas graves ou paralisia facial estão recebendo um cuidado que vai além do protocolo já estabelecido nas linhas de cuidado. A equipe de fonoaudiólogas do Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) gerida pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), decidiu acrescentar outra terapia para acelerar o processo de recuperação quando há algum tipo de disfagia (dificuldade em deglutir) ou problemas com a fala, utilizando a bandagem elástica terapêutica. O método já é bastante utilizado por profissionais da Fisioterapia e da Educação Física.
A técnica é baseada na fisiologia humana e já é utilizada por fonoaudiólogos em todo o mundo para estimular a reabilitação. No HRC, alguns pacientes em situação de média e alta complexidade têm recebido a terapia complementar e apresentado avanço na recuperação mais rápido que o habitual.
Segundo a fonoaudióloga Jakelline Miranda, a retirada da sonda de alimentação é feita a partir de um trabalho com dieta mista, que dura em média três dias, mas, nos pacientes que receberam a aplicação da bandagem terapêutica, foi possível fazer a retirada em um ou dois dias.
Segundo a profissional, “a gente decidiu usar a bandagem elástica funcional justamente pra adequar a parte sensorial e muscular do paciente. Muitas vezes, eles ficam muito tempo sem usar a musculatura, então apresentam fraqueza muscular, que influencia no processo de engolir os alimentos com segurança. Então, a gente utiliza pra adequar essa musculatura”.
A partir do momento em que a bandagem é colocada no paciente, as fonoaudiólogas fazem um acompanhamento para analisar os efeitos da terapia. Cada bandagem pode ficar no paciente por até sete dias.
Miranda também explica que tem visto melhora no quadro de disfagia, na diminuição do tempo de uso da via alternativa de alimentação. “Ou seja, eles ficam menos tempo usando sonda, e a gente vê isso como um grande benefício pra essas pessoas, que voltam a comer pela boca”.
Assessoria de Comunicação do HRC
Texto e foto: Valéria Alves