INCLUSÃO SOCIAL E DIVERSIDADE É UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA
*** Ângela Mathylde Soares – Neurocientista, psicanalista e psicopedagoga, lançando o livro “Inclusão social e diversidade: Uma relação necessária”
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) aponta que cerca de 17,3 milhões de pessoas, com dois anos ou mais de idade (8,4% da população), possuem algum tipo de deficiência. A situação é alarmante e o “Setembro Verde” é um mês essencial para fomentar, ainda mais, a discussão sobre como contribuir para a inclusão social.
O tema é abordado no livro “Inclusão Social e Diversidade: Uma relação necessária”, envolvendo os diversos problemas de preconceito e intolerância presentes no cotidiano de deficientes e pessoas negras. A publicação retoma a inclusão social e o respeito à diversidade com análises, investigando e avaliando essas relevantes questões sociais sob diversos aspectos.
O termo “inclusão social” é considerado mais como uma noção que um conceito teórico, aparecendo muito como indicação de um amplo conjunto de aspectos em uma diversidade de situações sociais. As questões sobre acesso à saúde, à educação, à assistência social e a outras políticas públicas devem ser discutidas e o direito da população precisa ser respeitado.
É preciso refletir sobre o que a diversidade, tomada em sua profunda e complexa expressão, apresenta como questionamento para os processos de inclusão/exclusão social, de lutas contra a injustiça, de políticas de distribuição e de reconhecimento? Certamente, a reflexão apresentará situações ligadas às desigualdades das condições de participação, os mecanismos para superar essas desigualdades, processos e formas de desenvolvimento de consciência de si e de autonomia, articulações já pensadas ou inéditas entre grupos sociais.
A proposta do livro é apresentar contribuições relevantes para levar a sociedade a discutir aspectos sociais essenciais no cotidiano brasileiro. Os temas sobre diversidade retratam pontos de vista, envolvendo as diferenças de acesso e identitárias.
Os dados do IBGE revelam um maior percentual de pessoas com deficiência no Nordeste (9,9%), sendo que todos os estados dessa região registram percentuais acima da média nacional, com destaque para Sergipe (12,3%). O ranking nacional segue com o Sudeste (8,1%), Sul (8%), Norte (7,7%) e Centro-Oeste (7,1%).
O 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21), relembra a batalha dos deficientes e estimula o debate sobre as dificuldades diárias enfrentadas por essa minoria.
Afinal, todos sabem a trágica história de racismo, desde os primórdios, no período colonial e que ainda, infelizmente, persiste no Brasil do século XXI. É essencial discutir as questões sobre racismo estrutural e as dificuldades e diferenças no tratamento que negros deficientes recebem.
A obra é um momento de leitura e estimulador de reflexão para aqueles que passam e vivenciam em suas vidas as dificuldades nela retratadas, mas também é uma oportunidade para quem não vive essa realidade, entender e aprender um pouco mais sobre o assunto, assumindo uma postura de respeito e contribuindo para reverter a situação.
Créditos: Dra. Ângela Mathylde Soares, Neurocientista, psicanalista e psicopedagoga.
Instagram: @draangelamathylde