PSICOGERONTOLOGIA VOLTADO PARA O PACIENTE COM DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA VISÃO SOBRE O SER QUE ENVELHECE
As alterações cognitivas e na memória são frequentes na doença de Alzheimer.
O idoso sofre diversas perdas cognitivas ao longo do processo da doença, O
Alzheimer é causado pela deterioração dos neurônios través da bactéria
amiloide, essas placas são formadas de 36-46 aminoácidos que estão
presentes na doença de Alzheimer. O ajuntamento dessa placa nos axônios
bloqueia a sinalização entre as células e sinapses provocando demência e
déficit cognitivo, e em seu estado mais grave; provocando a vulnerabilidade
dos idosos. O presente artigo tem como objetivo descrever o perfil do
profissional da área psicogerontologia. Um trabalho extremamente necessário,
uma vez que o idoso em seu estado de vulnerabilidade, se percebe em
dificuldades em lidar com o cotidiano. O psicogerontólogo, tem um papel
fundamental, ele exerce uma intervenção entre a família e o doente,
possibilitando um ambiente saudável e melhorando a qualidade nas relações
entre o idoso e a família, é sempre importante lembra dos desafios da função
como desgastes físicos e emocionais, e muitas vezes o familiar ou até mesmo
o cuidador não se encontra hábil para lidar com essas demandas. Por isso o
papel do psicólogo é fundamental para ajudar a família a passar por essa fase.
O artigo pretende demonstrar, como essa área da psicologia voltada para a
demência precisa ser mais explorada, a negligência no tocante a informação
pode comprometer não apenas o idoso, porém como toda estrutura familiar.
Portanto, a exposição desse artigo aponta um caminho no cuidado com o
portador da doença de Alzheimer e familiares.
Há décadas busca-se conhecer um pouco mais sobre o ser que
envelhece, apesar de uma luta em uma área recém-nascida, compreender o
idoso já é uma reflexão de civilizações bem mais remotas, os idosos eram
vistos como alguém que detinha o conhecimento e a sabedoria. Na China
antiga, o filósofo Confúcio pregava que todos os elementos de uma família
deveriam obedecer aos mais velhos. Via de regra as sociedades consideravam
o estado de velhice dignificante e adotavam como sábio aquele que atingia
essa etapa. A gerontologia é a área do conhecimento voltada a esse tema. Um
olhar dinâmico em dimensões biológicas, psicológicas e sociais, sobre o
processo de envelhecer. No Brasil temos importantes trabalhos nesse campo
de estudo que vão abordar a temática do idoso, dentro de uma perspectiva
particular, social e psicológica. Esse entendimento tira um pouco a mudança do
olhar biológico como uma incapacidade de adaptação, que é uma visão mais
clássica da velhice. Falar sobre envelhecimento na contemporaneidade é ter a
noção de como esses processos acontecem, e as dimensões psicológicas que
envolvem essa Inter-relação (NERI, 2013) apontando o caminho do
envelhecimento com um campo multidisciplinar que visa mudanças nas vidas
dos indivíduos; assim como os seus determinantes genético-biológicos,
psicológicos e socioculturais. No entanto, é percebível que a psicogerontologia
tem uma longa caminhada a percorrer. Se quiser se estabelecer como um
campo de conhecimento dinâmico e sólido em pesquisas, até porque não se
tem uma diretriz teórica única sobre a temática em nosso país, logo a resposta
a qualquer questão sobre o envelhecimento, vai depender de como ela é feita e
a quem é direcionada, pois, o fenômeno da velhice tem um contexto muito
amplo, e contextualizados por fatores individuais, interindividuais, grupais e
socioculturais. Nessa perspectiva crescem a população dos idosos. No Brasil o
aumento da população vem despertando interesses de múltiplas áreas do
campo das saúdes, segundo o IBGE (IBGE, 2018) o Brasil manteve o
crescimento da população de idosos, ganhamos 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, a população com 60 anos
ou mais era de 25,4 milhões. Os 4,8 milhões de novos idosos em cinco anos
correspondem a um crescimento de 18% desse grupo etário, que tem se
tornado cada vez mais representativo em nosso país até a virada do século
XXI, haver no Brasil, 8,7 milhões de pessoas com 65 anos.
Créditos: Geilson de Oliveira Barbosa Psicólogo Clínico / Perito Judicial